Imagine-se na sua “igreja”, e de repente entra um punk cheio de tatuagens, com um moicano espetado para cima, ou um travesti — desses que vemos por aí, todo produzido, com roupas provocantes, silicone — e se assenta ao seu lado para participar do culto.
Qual seria sua reação?
Você saberia recebê-los com amor?
Na sua “igreja” tem lugar para esse “tipo” de gente?
Agora imagine novamente você na sua “igreja”, e o grupo de louvor começa a cantar um daqueles cânticos sobre comunhão:
“Nós somos corpo, assim bem ajustados…”
E você, no meio daquela emoção toda, depois de ter abraçado uma ou duas pessoas, de repente se depara com um mendigo sorrindo para você — todo sujo e maltrapilho…
Qual seria sua reação?
Estaria esse mendigo ajustado, como você acabou de cantar?
Você o abraçaria?
Continuaria a cantar, ou simplesmente o ignoraria?
Algo bom para se pensar, não é?
Outra situação:
Você, membro de uma igreja tradicional — tipo Batista ou Presbiteriana — onde nem bateria é permitida…
De repente, alguém no meio do culto, tocado pelo Espírito Santo, começa a falar em línguas ou até mesmo a bater palmas.
Eu já presenciei isso numa igreja Batista: alguns dando glória a Deus, e o povo todo olhando, julgando, condenando a atitude da pessoa.
Comentavam: “Será que ele/ela não sabe que aqui é uma igreja tradicional?”
Aliás, o que vem a ser “tradicional” ou “pentecostal”?
Quem criou isso? Foi Jesus?
Jesus era pentecostal ou tradicional?
E mais:
Por que em alguns círculos ditos “cheios do Espírito Santo” a intolerância impera?
Como entender alguém que diz estar cheio de um ser cuja essência é o amor, e ao mesmo tempo ser intolerante?
Como entender alguém que afirma ter um relacionamento com Deus — cuja essência é o amor — mas não consegue se relacionar com o próximo?
Alguns até começam a orar assim:
“Papaizinho querido…”
Quanta hipocrisia, não?
Misericórdia!
Que Deus nos conceda um coração cheio do amor dEle —
um amor que acolhe,
um amor que entende,
um amor que se compadece.
Fique na paz —
aquela que excede todo entendimento.
Para sua meditação:
“De modo que, de agora em diante, a ninguém mais consideramos do ponto de vista humano. Ainda que antes tenhamos considerado Cristo dessa forma, agora já não o consideramos assim.”
2 Coríntios 5:16
Pr. Carlos Rizzon
Muito complicado essa situação. Mas dai a pergunta que fica é: como abordar? Como agir? Como “fisgar” essa alma para nosso Rei? Como mostrar o amor de Jesus Cristo?
Bem o mais difícil aconteceu: Ele(a)(s) está ali!!! Ao seu lado. Esperando uma palavra de conforto. Acredite, se essa pessoa está sentado ali, ela está experimentando a unica coisa que ela esperava não experimentar, Deus!
Volto a perguntar: Como agir? Como abordar? O que fazer? O que falar?
E respondo com um único versículo:
E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Mateus 22:39
Amém.