Direita ou Esquerda? Como deve se posicionar politicamente o verdadeiro cristão?

Outro dia fui convidado a participar do Programa Vejam Só, apresentado pelo pastor Eber Cocareli. A proposta do programa era debater sobre a polarização política que, assim como a sociedade brasileira de uma forma geral, também promoveu grandes “rachas” em movimentos e entre irmãos na Igreja Evangélica. O leitor pode conferir o vídeo do programa no final deste artigo.

Coincidentemente, meu “pai na fé”, o Rev. Antônio Carlos Costa, da Igreja Presbiteriana da Barra, escreveu no mesmo dia, em seu perfil no Facebook uma admoestação à Igreja que bem serviria a mim:

Em meio à crise política e todos os debates que suscitou, pergunto a você: como cantaremos, nos próximos anos, essa famosa canção evangélica?

“E na força do Espírito Santo

Nós proclamamos aqui

Que pagaremos o preço de sermos

Um só coração no Senhor

E por mais que as trevas militem

E nos tentem separar

Com nossos olhos em Cristo

Unidos iremos andar”.

Setores inteiros da igreja racharam. Antigas amizades foram abaladas. Com o país em convulsão, não fomos a voz da conciliação, da sobriedade e da boa vontade. Líderes preferiram expor publicamente irmãos a fazer contato pessoal em amor visando à admoestação misericordiosa e à mútua compreensão.

No próprio programa, em TV Aberta  eu já fiz o meu mea culpa, admitindo que em nada fui conciliador, pacificador e compreensivo no correr da imensa onda de rancor e intolerância, fruto da crescente polarização política, que a todos nós “encaixotou”. E, sem pretender em nenhum momento me eximir da minha máxima culpa, poucos e raros vi se comportarem como pacificadores e, aqueles que se propuseram a sê-lo, quão grande a nossa vergonha, foram chamados pelos contendores de ambos os lados de “alienados”, “em cima do muro”, “traidores”… E não foram líderes desconhecidos e pouco influentes que se deram a tal papel! Eu vi gente que é referencial na igreja digladiando nas redes sociais e, não satisfeitos, lançando, a quem tentasse pacificar os ânimos exaltados, os piores impropérios.

Eu aceito as admoestações e só pondero duas coisas: 

(1) Sobre os amigos que perdi e, muitos dos nossos amigos em comum são testemunhas, busquei-os primeiro e uma segunda vez, uma terceira e muitas mais e repetidas vezes em particular antes de admoesta-los publicamente; 

(2) Como vocês poderão ler a seguir, há razões SIM, fortes, bíblicas, imperativas, para que o líder venha à público admoestar o falso ensino de outrem. São as razões apologéticas previstas, entre outros, em Tito 1:9 e, “no conjunto da obra”, quase sempre presentes nas Cartas Paulinas, no varejo (admoestações pessoais) e no atacado (ventos de doutrina). É importante entender, como veremos em detalhes a seguir, que todo cristão pode (e deve) se manifestar e se posicionar politicamente, ainda que nos limites colocados a todos os que creem e tem nas Sagradas Escrituras a sua regra de fé e prática.

Nós X Eles

A extrema polarização política que o país vive hoje é reflexo deste momento de crise profunda, mas é também o resultado deletério do fermento da doutrinação, ou como preferem os Marxistas da conscientização das massas acerca da chamada luta de classes e a consequentemente proposição de que a transformação da sociedade para uma forma mais igualitária se dará pela via do confronto entre espoliados e exploradores. 

Assistimos nestes últimos anos o momento em que discurso do “nós contra eles” finalmente encontrou eco na sociedade brasileira, após décadas de proselitismo nas escolas, sindicatos, etc. O Partido dos Trabalhadores e outros de inspiração comunista incutiram esta proposição nas suas campanhas, nos seus atos de gestão e no fomento de movimentos sociais e culturais imbuídos do propósito de conscientizar a classe proletária, estudantes e lavradores para a visão da luta de classes, o que é o primeiro passo para o processo da revolução socialista.


O resultado visto na sociedade não é diferente do que se vê no meio cristão. De certa forma, seja pelo gramscismo (1) firmemente alojado na gestão pública da educação e da cultura, que por treze anos foi fonte constante de tensão entre líderes da Igreja e governo, seja pela liquidez dos valores cristãos que deveriam promover a pacificação, a compreensão e a temperança, o desgaste promovido pela polarizacão política parece ser ainda pior no meio dos crentes.

Uma igreja dominada pelo mundanismo não se coloca em vigilância constante contra as artimanhas de satanás. A contenda entre irmãos de fé está armada e o Diabo se alegra. Se o ensino do papel do cristão na política fosse devidamente promovido nas congregações, o povo de Deus não estaria vivendo este momento triste.

Direita X Esquerda

Não há nenhuma orientação bíblica que exija que o crente se coloque desta ou daquela forma no espectro político. O próprio Jesus escolheu os seus apóstolos entre gente de diversas classes e posicionamento político distintos, em alguns casos em franco conflito, na teocracia da Judéia: Zelotes, fariseus, saduceus e até os odiados publicanos.

Quem se posiciona de alguma forma no espectro político atual, avalie e pondere as proposições extremas:

A esquerda pode parecer interessante ao crente na medida em que, no seu conceito mais clássico, propõe a promoção da justiça social e uma sociedade mais igualitária. O cristão que é instado a pensar no próximo e ajudar os mais pobres pode se deixar seduzir pela proposta. Soube de um debate acadêmico realizado no Mackenzie entre os doutores Paul Freston e Davi Charles Gomes. Disse Freston: “Sou de esquerda pois sou cristão. Jesus se colocou ao lado dos pobres.” Ao que Gomes respondeu: “Sim, é verdade. Mas Jesus se colocou ao lado dos pobres de espírito“. 

Perfurante como espada de dois gumes, a verdade bíblica é que o homem é renascido para as boas obras. Perdido que estava, é achado através da pregação do verdadeiro Evangelho. Os atos de misericórdia são parte das boas obras do coração regenerado. O povo separado é sal e luz deste mundo. Mas, não são as boas obras que fazem homens nascerem de novo, tão pouco os salva da segunda morte. As opções políticas de cada um não são Obras do Espírito. O Amor transforma e multiplica o amor. 

A ideia de que determinadas opções políticas (e a afiliações partidárias) são marcas indeléveis na vida de um cristão inspirado a servir ao próximo e que, as tais, são promotoras da justiça do Deus Santo é audaciosa heresia, absurda vaidade intelectual, idolatria. Contudo, não é difícil achar um “cristão de esquerda” que acredite que o marxismo é a proposição capaz de promover um reino de justiça. Não à toa, o escritor francês Raymond Aron (1905-1983), em sua obra mais conhecida afirma que nenhuma outra doutrina criou no homem, como o marxismo, tamanha “ilusão da onipotência”. Para Aron, o marxismo havia se tornado “o ópio dos intelectuais”. 

E que verdadeiro cristão não objetara contra esta pretensão insidiosa à Soberania do Criador?

Considere também ainda outro aspecto: uma parte significativa da esquerda acredita que os meios para a promoção da justiça se cumprem pela via revolucionária. A luta de classes, a promoção do ódio e até a ditadura do antigo oprimido sobre o opressor estão no cardápio de todo governo comunista. Ora, nada disto é compatível com a prática cristã. Tão pouco, o conceito de igualdade, da forma entendida pelos socialistas, faz parte dos ensinos de Jesus e seus apóstolos.

Finalmente, considere o chamado “pacote completo” da esquerda. Quem irá negar que a promoção de uma visão moral “progressista” da sociedade é meio de ação a fim de acomodar as minorias “oprimidas” pelo preconceito, o peso da lei e, principalmente, pela moral judaico-cristã? A prática da esquerda é instigar estas minorias e usar suas causas como combustível na luta de classes. Vai daí, os militantes de esquerda são provocados a assumir as agendas de minorias oprimidas(?): ateus, gays, feministas e outras. 

Nestes dias de grande atrito na Igreja, sofri da infelicidade de ver grupos de cristãos progressistas defendendo o aborto, o casamento gay e outros posicionamentos extra-bíblicos em matérias jornalísticas de alcance nacional. Evidentemente, estes “crentes militantes” erigiram para si postes-ídolos, na forma dos postulados de seus partidos políticos e/ou ideologias. E se prostraram diante deles, adorando-os!

Diante do exposto acima, alguém poderá dizer que a direita é a melhor opção para o cristão, afinal, o ideário conservador promove e defende os valores da vida, da família, etc.: A moral cristã. Contudo, no extremo ideológico, também a direita pode fazer uso de regimes não democráticos, do arbítrio, bem como aplicar uma cartilha ultra liberal que não considera os excessos do capitalismo e tende não apenas a negar promoção de políticas sociais, como pregar a não regulação dos mercados e das relações trabalhistas. E, sim, as Sagradas Escrituras têm muito a dizer sobre as relações de trabalho, a ética nos negócios a responsabilidade social, o respeito para com a comunidade e a sustentabilidade. Já temos boa literatura em português sobre todos estes temas. Sem controle, o capitalismo promove selvageria nas nações e entre as nações. As veias abertas nos quintais do mundo, a miséria continental e as crises, mesmo nos cantões de prosperidade, como vimos tantas vezes no século XX (e já uma vez no século XXI) mostram como um sistema financeiro sem regulação pode levar à miséria todo um país.

Jesus é meu Senhor, não a minha religião.

Acima de todas as esferas da vida: Deus?

De forma simplista, sabemos que na visão da esquerda a proposição é que o Estado esteja acima de todas as esferas da vida a fim de promover a igualdade (colocando-se como o representante do interesse das massas).

Já na visão de direita, é o indivíduo (seus interesses e sua liberdade) que se colocam acima de todas as esferas da vida.

E, porquanto, a defesa da supremacia do indivíduo possibilite ao crente o exercício mais livre da sua fé, a liberdade de escolha (na educação, por exemplo) e o mínimo de ingerência do Estado na vida do cidadão e da família, sabemos que as Escrituras Sagradas não suportam nem uma coisa e nem outra. Nem a supremacia do Estado, nem, a supremacia do indivíduo; mas, tão somente, o Senhorio de Cristo. Não se trata, portanto, de colocar a religião, acima de todas as coisas. Jesus é nosso Senhor, não a nossa religião. Não é uma esfera de nossa vida, acima das outras. Jesus é o Senhor das nossas vidas. Somos Dele.

Portanto, o recado principal neste ponto é: busque as boas causas, trave o bom combate, no Espírito do Evangelho. Não se sujeite, contudo, a construções ideológicas humanas, tão pouco se sujeite à direção de seus partidos. Ou como disse de forma “matadora” Francis Shaeffer: 

Se houver injustiça social, digam que há injustiça social. Se precisarmos de ordem, digam que precisamos de ordem. Mas não se alinhem como se estivessem em um destes campos (ideológicos). Você não é aliado de nenhum deles. A Igreja de Jesus Cristo é diferente dos dois – totalmente diferente!

As Escrituras nos orientam para o equilíbrio

Na política o chamado de Deus para o crente é para o equilíbrio. O cristão deve, sim, se envolver com a política. Há tantos exemplos de homens que foram usados grandemente por Deus na política. Cito um por quem guardo grande admiração: William Wilberforce, o político e ativista evangélico inglês que foi o grande responsável pela condenação da escravidão, o que redundou na proibição do comércio escravo e marcou o início do fim desta abominação no mundo. E temos ainda Dr. Martin Luther King Jr. Tantos outros. O fundamental e o “em comum” entre estes dois e todos os políticos cristãos que enriqueceram este mundo é que todos escolheram as causas de Cristo, não as suas próprias causas. Evitaram o partidarismo, que pode redundar em idolatria e, jamais, assumiram nenhuma ideologia, mas submeteram tudo ao senhorio de Cristo e à Sua Santa Lei.

Como diz o Rev. Davi Charles Gomes, na política, como em qualquer outra esfera da vida, o renascido em Cristo deve ser um iconoclasta: Um destruidor de ídolos. Um persistente demolidor de toda crença, ideologia, hábito, afiliação, atitude que se interponha entre ele e o Senhor. Bem como, qualquer presente convicção ou ideologia que se oponha à Verdade revelada. Esta não é uma tarefa fácil. Impõe eterna vigilância, pois não são poucas as armadilhas que o nosso coração pervertido e, não duvide, satanás colocam em nosso caminho. Com isto em mente, Calvino teceu esta frase brilhante:

O coração do homem é uma fábrica de ídolos.” Tim Keller

Entenda você, como afirmou Ken Sande: “Em termos bíblicos, um ídolo é alguma outra coisa, que não Deus, na qual empregamos nosso coração (Lc.12:29, 1 Co. 10:6), que nos motiva (1 Co. 4:5), que nos controla ou governa (Sl. 119:133), ou a qual servimos (Mt. 6:24)”. E, tendo uma ideologia como ídolo, pode homem ser mais desprezível a Deus? Ainda mais quando canta, tal qual Cazuza, que somente nesta torpe ilusão encontra o seu moto para a existência: “Ideologia! Eu quero uma pra viver!”. Que triste grito de um desesperado moribundo que não se encontrou com Cristo e não conseguiu significar a sua própria vida.

Convivendo com as diferenças políticas na Igreja

Em relação à polarização política e ao bom convívio com os irmãos que pensam diferente, o Rei Davi nos lembra, no Salmo 83, qual deve ser a postura de um servo de Deus diante da contenda:

A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram. A verdade brotará da terra, e a justiça olhará desde os céus (Sl 83:10-11)”.

Thiago Lima, aqui mesmo neste site, lembrou: Carlos Drummond de Andrade resumiu esta passagem de forma inspiradora. Ele escreveu: “o outro nome da paz é justiça”. É o mesmo Lima concluiu: “Quase nunca conseguiremos ser imparciais e mansos neste mundo, mas temos a obrigação de buscar a honestidade intelectual, a isenção, a temperança e o conhecimento bíblico sobre o que está promovendo a contenda. Se conseguirmos agir de tal forma, o Reino de Deus, que é “justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17)”, formado por irmãos tão diferentes em matéria de pensamento, mas unidos pela sujeição a um Deus amoroso e amantes da Sua Santa Palavra, construirá uma igreja limpa dos fermentos ideológicos, concentrada em fazer discípulos, batalhar pela fé e ser sal e luz.”

Portanto, se as divergências políticas e de opinião em geral não escapam dos limites estabelecidos adiante neste texto, vá e se reconcilie com seu irmão de fé enquanto há tempo. (Mt 5:25).

E quando a pacificação não é o caminho, mas a admoestação se faz necessária?

O pendor pacificador do cristão perde espaço na agenda quando o chamado da defesa do Evangelho se faz presente. E no comando de Tito 1:9: ” e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela.”  o objetivo prioritário passa a ser o combate aos falsos ensinos advindos da leitura ideologizada das Escrituras, bem como, o proselitismo ideológico nos púlpitos. Esta ação se faz necessária, em especial, quando notamos que a “teologia” promovida pelo ideo-teólogo se contrapõe ao Evangelho.

Entre os comportamentos mais lamentáveis que tenho visto e combatido, listo:

A) A promoção de uma falsa justiça. 

A Justiça do Evangelho é plena. A Igreja não deve compactuar com quaisquer violações à Palavra de Deus, em primeiro lugar, e ao ordenamento jurídico nacional, nem se guiar pela lógica pragmática mundana do “mal necessário”, que também atende pela alcunha de “os fins justificam os meios”. Não existe o livro de Maquivel nas Escrituras. O que vale dizer que se um governo promove justiça social, mas está em todo corrupto, o cristão não pode fechar os olhos ao mal, em nome do bem. Mesmo que o mal seja menor e o bem maior. O Evangelho não nos permite tais escolhas. Como disse o grande pregador batista Spurgeon: “Entre dois males, não escolha nenhum.”. Na Bíblia Sagrada, tanto os meios quanto os fins devem guardar uma escrupulosa e inescapável relação com a vontade soberana de Deus para o homem. Ou seja, não se justifica o cometimento de um ou mais pecados para se defender a fé ou a sociedade. Essa mentalidade pragmática com aparência de piedade só pode ser oriunda da mente do próprio Satanás.

B) O entendimento da verdadeira autoridade, a quem se deve sujeitar.

E assim é:

“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade.” 1Timóteo 2:1-2 ARC

E não há dúvida sobre isto.

Contudo, é bom lembrar que a suprema autoridade sobre a vida do crente, em todas as suas esferas (pessoal, civil, familiar, etc.) são as Sagradas Escrituras. Já a autoridade suprema de uma nação, sob a égide do estado democrático de direito é a Constituição, que é resultado da autoridade manifestada de Deus, por meio do povo que elegeu os legisladores. O crente se submete primeiro à Palavra de Deus e depois à suprema lei do país. À autoridade constituída que promove o que é contrário à Palavra, o crente oferece resistência. Contra a autoridade eleita ou instituída que não obedece à suprema lei do país, o crente como cidadão deve fazer uso dos meios do estado democrático de direito, o que inclui o impeachment do líder.

E que se ressalte que esta noção é mais primordial nas Escrituras do que muitos supõe:

“Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então, escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor, seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para fazê-los. Para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.”Deuteronômio 17:18-20 ARC

Evidenciando, claramente, que a autoridade Suprema é Deus, a Quem se submete toda autoridade. E que autoridade maior do governo é a Lei e à guarda desta mesma Lei se condiciona toda autoridade legítima. Verifique, portanto,  que ainda que numa teocracia, a Justiça de Deus não admite o déspota.

Em qualquer regime ou circustância, somos instados a orar pela autoridade para que esta se fie na lei e promova a justiça, mas a LEGÍTIMA autoridade, segundo Deus, é aquela que segue a lei e estende a mesma justiça a todos. Qualquer outra, é uma autoridade usurpadora.

C) O partidarismo não pode ser objeto de proselitismo nos púlpitos. O crente pode e deve se envolver com política, mas o partidarismo é idolatria.

D) O partidarismo e a ideologia não podem levar a Igreja a abandonar o seu papel profético.

Não cabe ao crente defender primeiro o seu partido e ideologia, mas denunciar o pecado e proclamar o Evangelho. Vejo pastores famosos anulando-se como profetas, sentando à mesa de reis.

E) A ideologia não pode assumir um tal papel na cosmovisão do crente a ponto de levá-lo a promover ideias não cristãs.

Tenho visto grandes líderes, mestres da igreja que têm chegado a deturpar as Escrituras para acomodar as suas convicções ideológicas. Há alguns que tem pregado falsos ensinos, certos líderes chamada da Missão Integral (não todos) que propõe que a lente de interpretação da realidade deve ser o materialismo histórico e que a forma da Igreja atuar deve considerar o ferramental marxista na transformação desta mesma realidade. Tais pregadores propõe que o meio da luta de classes é o caminho para a promoção da justiça e da igualdade. Criticam o lucro. Denunciam a mais valia. E, por fim, ainda há outros que queiram trocar a chave-hermenêutica das Escrituras, que é e só pode ser Cristo, por Karl Marx. Quanto a estes, devemos calar a boca e não buscar a pacificação. Assim nos orienta as Escrituras em Tito 9.

Texto extraído do site Genizah-virtual blogspot

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