O termo híbrido designa um cruzamento genético entre duas espécies vegetais ou animais distintas, que geralmente não podem ter descendência devido aos seus genes incompatíveis. Algumas dessas espécies ainda são produzidas até hoje através do cruzamento entre espécies, essencialmente para serem usadas como atrações de shows e locais turísticos. É o caso do ligre, por exemplo, resultado do cruzamento entre um leão e um tigre.
Um dos animais híbridos mais populares é a mula, que é resultado do cruzamento de um burro com uma égua.
Por mais incrível e triste que pareça, a existência dos híbridos chegou à igreja. São os crentes híbridos, ou seja, não são puros, são resultados da junção de “genes espirituais” de origens distintas e indecifráveis.
Os híbridos possuem algumas características distintas e uma das mais contundentes é que são quase todos estéreis, salvo raríssimas exceções e, quase todas, entre as plantas.
Por que? Porque, em geral, espécies diferentes apresentam número distinto de cromossomos, estruturas no interior das células que contêm os genes. Essa diferença poderia inviabilizar o desenvolvimento do embrião, já que cada cromossomo que veio do macho precisa estar alinhado com um equivalente que veio da fêmea na hora de a célula fertilizada se dividir. Sem esse alinhamento, na maior parte das vezes a célula não se reproduz e morre.
São assim, também os crentes híbridos. Eles não se reproduzem e, por não se reproduzirem, se travestem em comportamentos/práticas/ posturas bem parecidas com os crentes “cromossomicamente” puros. Muitas vezes, nem eles sabem que são híbridos.
Eles cantam, pregam, frequentam templos e reuniões, mas, não se reproduzem. Mostram preocupação com a doutrina. Dizimam, mas não se reproduzem. Escrevem, tem face e até blogs, parecem teólogos/intelectuais (alguns são mesmos), pós- modernos, mas, não se reproduzem. São críticos, sabem tudo mais que todos, mas, não se reproduzem.
Esses crentes híbridos geralmente se julgam sábios mas, sua sabedoria nunca vem com os estigmas da sabedoria expressa na Palavra:
“Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração , não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.”(Tg 3:13-16)
Na Palavra, sabedoria não é, apenas, um conjunto de informações adquiridas. Na Palavra, sabedoria é um PROCEDIMENTO/COMPORTAMENTO. BOM PROCEDIMENTO. Na Palavra, sabedoria é vida praticada além do verbo.
Uma outra citação sobre sabedoria encontramos em provérbios de Salomão:
“O fruto do justo é arvore de vida; e o que ganha almas sábio é.”(Prov. 11:30)
Se de um lado, a Palavra, em Thiago, diz que sabedoria é vida praticada, por outro lado a mesma Palavra, em Provérbios, diz que sabedoria é reprodução (ganhar almas).
Para os que são sábios à luz da Palavra, os reais, os da vida praticada e reproduzida, isto é, os da vida além do discurso, não hibrida, há promessa:
“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente.(Dan 12:3)
Que tipo de crente é você?
O do discurso, da discussão, da verborragia ou o da vida praticada, do bom procedimento, da multiplicação?
Lembre, você já aprendeu. Como cristãos, mais do que uma mensagem a pregar, somos, se verdadeiros, a própria mensagem pregada. Menos discurso e discussão, mais vida praticada.
Pr. Neil Barreto.