Tempos dificeis!

A palavra “amor” tem muitos significados na língua portuguesa. Podemos falar de amor romântico, amor fraternal, amor de pais para filhos, amor de amigos, amor a Deus, etc. Na cultura grega, os filósofos distinguiam quatro tipos de amor:

  • Agape: amor incondicional, sacrificial, que busca o bem do outro, mesmo que isso signifique sacrifício próprio. Este é o tipo de amor que Deus tem por nós e que Jesus nos ensinou a praticar.
  • Eros: amor erótico, apaixonado, que é baseado na atração física e na atração emocional.
  • Phileo: amor fraternal, amistoso, que é baseado na afinidade e no respeito.
  • Storge: amor familiar, que é baseado no vínculo biológico ou emocional.

Se forem meus discípulos amarão uns aos outros

Jesus disse aos seus discípulos no evangelho de João (João 13:35) que, se eles quisessem ser seus discípulos, deveriam amar (agape) uns aos outros. Este é um desafio difícil, quase impossivel dentro da perspectiva humana, pois o amor agape é um amor que exige sacrifício e entrega, o amor agape é um amor que não depende de sentimentos ou emoções, mas é baseado na vontade de fazer o bem ao outro. Este é o amor agape, amor de entrega, amor sacrificial. Isto nos devolve ao convite inicial e condicional de Jesus: Mateus 16:24)

“Se alguém quer ser meu seguidor, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.

O amor que Jesus ensinou é um amor que vai além do sentimento, e é mencionado 109 vezes (NVI) somente no Novo Testamento. É um amor que se expressa em ações, em atitudes que colocam o bem do outro em primeiro lugar perdoando que nos ofende, ajudando os necessitados etc

Em João 3:16, Jesus diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Este versículo também fala do amor agape, o amor incondicional e sacrificial de Deus por nós. E aponta como validador do amor a entrega, porque Deus amou de tal maneira, ele deu!

Se observarmos o formato da cruz ela sugere na parte vertical um relacionamento com Deus, ame á Deus sobre todas as coisas, a parte horizontal um relacionamento com o próximo. (Mateus 22:36-40)


A vida é uma jornada de relacionamentos. Desde o momento em que nascemos, estamos conectados a outras pessoas. Nossos primeiros relacionamentos são com nossos pais e familiares, que nos fornecem amor, cuidado e apoio. Conforme crescemos, desenvolvemos relacionamentos com amigos, colegas, namorada, esposa. Esses relacionamentos nos moldam e nos ajudam a crescer como pessoas.

Para os cristãos, os relacionamentos são ainda mais importantes. Deus é um Deus de relacionamento, e ele deseja que tenhamos relacionamentos saudáveis ​​com ele e com os outros. O amor é o fundamento de todos os relacionamentos saudáveis, e é o amor que Deus nos mostra por meio de Jesus Cristo.

Jesus veio ao mundo para nos mostrar o que significa amar verdadeiramente. Ele nos amou incondicionalmente, mesmo quando não merecíamos. Ele se sacrificou por nós, para que pudéssemos ter vida eterna.

O amor de Jesus é um exemplo para nós. Ele nos chama a amar uns aos outros da mesma forma que ele nos ama. Quando amamos uns aos outros, estamos refletindo o amor de Deus no mundo.

Em 1 João 4:20, o apóstolo João escreve: “Se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.”

Este versículo ensina que não podemos separar o amor a Deus do amor ao próximo. Se amamos a Deus, devemos amar também o nosso próximo, mesmo que ele seja diferente de nós ou que nos faça mal.

Nunca vimos no mundo tanta coisa estranha como estamos vendo neste últimos cinco anos eu diria.

Estamos vivendo em tempos turbulentos e desafiadores. A identidade de gênero, as guerras, o controle, o ataque à família, às crianças e à fé são alguns dos problemas que enfrentamos e alguns textos bíblicos estão se materializando bem diante dos nossos olhos, textos como 1 Timóteo 3:1-5, segundo o apóstolo Paulo os homens se tornariam amantes de sí mesmo, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanes, sem afeto natural, irreconcialiaveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de Piedade, mas sem a eficácia da mesma, destes afasta-te!
Sim, estamos vivendo estes tempos, tempos terriveis eu diria.

Diante de tudo isto o amor, que Jesus disse que esfriaria de muitos, (Mateus 24:12) segue sendo o nosso selo de identidade como Cristãos, como discípulos de Cristo.

Eu sinceramente me preocupo e principalmente com os que tem filhos, que tarefa árdua criar filhos nestes tempos que estamos vivendo. Que o Espírito Santo que foi enviado por Cristo nos conduza á toda verdade, nos convencendo do pecado, da justiça e do juizo.

É difícil negar que estamos vivendo tempos calamitosos e preocupantes. O mundo está cada vez mais dividido, violento e sem esperança, amar o próximo é um ato revolucionário.

O momento é de nos unirmos como corpo de Cristo, construir conexões fortes com amigos, familia e sua igreja local gerando um senso de pertencimento, o chamado do evangelho é um chamado á vulnerabilidade, não há igreja local sem vulnerabilidade.

Forte abraço e Feliz Ano Novo!

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