Houve um tempo quando era criança que ia levado à igreja por meus pais, gostava de ir, sempre fui interessado e sempre achei fascinante o ajuntamento. Hoje o entendimento que alcancei me faz ir, participar, pregar, tocar, contribuir e estar com os irmãos.
Reunir-se como igreja tem a ver com minha relação com Deus, ir à reunião deriva de um entendimento do meu papel no corpo de Cristo, do meu entendimento de como Deus atua, do meu entendimento de ser, de existir.
A comunidade é parte do projeto de Deus para reconciliação de todas as coisas em Cristo. A comunidade é parte da MISSIO DEI, a comunidade é enviada ao mundo como uma equipe de resgate, a comunidade serve à Deus, servindo ao próximo.
O que faço é gerado por convicção de quem sou, de quem Deus é, e do meu papel no projeto de Deus, não recebo verba de ninguém, não sou sustentado por ninguém, somente por Deus através do meu trabalho.
Aguardo com expectativa a chance de reencontrar-me com os irmão todo sábado, de poder olhar olho no olho e participar da vida de cada um onde ensino, aprendo, recebo e sirvo.
Aprendi que quando me ausento, privo o outro do que de mim o outro pode ter.
Aprendi que quando me encontro com o outro com regularidade sou aparado, melhorado, inspirado, faço conexões, me mobilizo pra dentro e pra fora.
Aprendi e entendi que há um mistério, uma espiritualidade no encontro e poderia dar testemunhos infindáveis sobre estes mistérios, portanto, até hoje, minha decisão é não abrir mão deste encontro, destas reuniões, hoje, nossas reuniões são menos cansativas, sem cobranças, sem constrangimentos, sem terrorismos, sem tiranias, sem medo, sem culpa, enfim, livre.
Hoje, só não mais me vejo num frenesi de atividades que cumprem uma agenda que, por vezes, não passam de uma agenda.
Prefiro me envolver com a vida e com todos que estão na vida dando conta de suas demandas e precisam de encorajamentos.
É assim que é, comigo, claro.
Pr. Carlos Rizzon