IGREJA URBANA

Desde que tive o privilégio de estudar no Seminário Batista Brasileiro do Sul da Flórida, tendo como um dos meus professores o Pastor e Missionário Luiz Amaro lecionando Filosofia e Epistemologia, trazendo-as para um contexto Bíblico, minha forma de pensar nunca mais foi a mesma, nos anos seguintes tive o prazer de conhecer The catalyst Conference, uma conferência anual que acontece no estado da Geórgia, trazido até a mim creio eu pelo Alex primo do Laner. Digamos assim fui catalisado… O tema deste congresso de liderança que não tive o prazer de participar ao vivo é fascinante e me confirmaram muitas coisas a respeito de como ser um cristão, não o cristão da era gospel, ou dos apaixonados, ou sequer dos extravagantes, mas um cristão que ouviu as boas novas, que são boas e são novas, pois o Senhor renova sua palavra nos nossos corações todos os dias. A visão da Igreja Urbana surgiu neste contexto de Seminário Teológico, Veredas Antigas e o Catalyst Conference e como já disse foi a confirmação de muitas coisas. Um dos textos que me mais leva a entender esta função ou missão “Urbana” do evangelho esta em João 4:23;
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” Aqui neste texto Jesus começou a exercer a graça, a quebrar paradigmas e estabelecer o reino para o qual ele foi enviado e prover o mundo com o único meio possível debaixo dos céus de religamento com Deus, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por min.” João 14:6
A palavra de Deus nos mostra que não existe um formato pré determinado de como adorar a Deus, não existe um lugar pré-definido onde adorar a Deus e nem uma maneira pela qual devemos adorar a Deus, somente em espírito e em verdade. No capítulo 4 verso 23 de João, Jesus estava a caminho da Galiléia e parou perto do Poço de Jacó em Sicar, já estava andando por quase todo o dia e pediu água àquela mulher Samaritana que de imediato estranhou a atitude de Jesus por ele ser Judeu, visto que Judeus e Samaritanos não se comunicavam, trazendo o assunto religião à tona. João 4:7 “Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber”. Jesus expressando aqui sua humanidade se assentou perto do poço e pediu água àquela mulher e ela lhe disse Verso 09 “Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” Mas Jesus não se deixou enredar, pois a conversa já rumava para religião, pelo menos por parte dela r e como dizia meu amigo Sérgio Lorandi, “Resumindo”…rsrsrs, Em seguida veio a mais importante e talvez a mais intrigante das dúvidas que aquela mulher Samaritana devia ter, e que levou Jesus a descortinar a “formula do viver diário” se é que podemos definir desta forma. No verso 19 ela identifica Jesus como um profeta, alguém que tinha um relacionamento com o grande Eu Sou, em seguida no verso 20, ela expõe sua dúvida ao mestre; “Nossos pais adoraram neste monte, e vós Judeus dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar”, e Jesus cheio de graça e sabedoria lhe dizia que aquele tempo de limitação geográfica concernente à adoração já estava passando, por que ele ali estava para servir de expiação pelos nossos pecados, não mais para encobrir o pecado, como no Velho Testamento mas para retirar o pecado do mundo, João 1:29 “Eis ai o cordeiro que tira o pecado do mundo”. Cremos numa Igreja Urbana porque somos Igreja ou devemos ser igreja mesmo quando não estamos na “igreja”, somos chamados para fora. Quando começamos a trabalhar com o Seminário veredas Antigas em 2002 e foi algo totalmente novo para nós, não somente a questão da mensagem em sí, mas a visão, a forma de trabalho, a questão envolvendo a Identidade, destino e propósito de Deus para cada um de nós.
Craig expunha isto de uma forma muito natural e muito particular, descrevendo que todos nós temos um chamado. No meio dito evangelico quando se fala em chamado, se fala em Pastor, Missionário e coisas do gênero, ou sempre algo ligado a um cargo eclesiástico.
Mas ele foi além, de repente para você não seja, mas para mim foi novidade o fato de ouvir um pastor dizer que todos nós temos um chamado mesmo que não tivéssemos uma função eclesiástica na igreja local. Numa das fitas de ministração do Seminário Veredas Antigas ele dizia sobre ser um marceneiro, alguém que fazia armários embutidos, que aquilo deveria ser feito como oferta ao Senhor, deveríamos fazer aquele móvel ou qualquer outra atividade como adoração ao Senhor, e este é apenas um dos exemplos. Aliado isto com as aulas de filosofia, o catalyst, minha cabeça começou a processar toda esta informação e foi algo assim tremendo, quero dizer que isto não aconteceu de forma simultânea, mas foi num período de 7 a 8 anos. Começamos a trabalhar com o Veredas Antigas, já estávamos trabalhando com o Veredas por uns três anos e meio, fizemos bastante seminários em Pompano, Miami, Fort Myers, New Jersey, South Caroline e etc… A seguir entrei para o Seminário teológico, crendo no chamado de Deus, e já uns 2 para 3 anos antes da data atual (2006) fui apresentado ao Catalyst que somente acrescentou conhecimento e revelação da parte de Deus sobre nossas vidas.

Cremos numa Igreja Viva, apostólica, não como as que já crêem ser que muitas vezes são sectárias, mas cremos num movimento apostólico como narrado no livro de Atos 2:42 a 47. A Igreja Urbana esta em toda parte onde o povo de Deus está, na hora de negociar o preço com um cliente, no viver diário assim como descreveu Jesus, “Em espírito e em verdade”, Com o coração motivado de forma correta, e mesmo quando não se pode expressar com palavras, mas em espírito, como disse Francisco de Assis: “Pregue o Evangelho, se necessário use palavras”.
Assim é a igreja Urbana, uma igreja conectada com Deus, Apostólica nas obras e adorando em espírito e em verdade, porque somos chamados para fora.

Belo Horizonte 22/05/2008
Carlos Rizzon

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