Liderança

Plantação de Igrejas e algumas idéias!

Tenho acompanhado o surgimento de alguns ministérios e tenho percebido que somente se esta recriando réplicas do que já existe. Muitas das ditas igrejas emergentes tem como líderes pessoas que amam a Deus, sentiram o chamado de Deus para plantar uma igreja ou até mesmo participaram de uma escola de treinamento, o que é muito válido e tenho conhecido alguns destes pessoalmente e aprendido muito com eles.

Gostaria de abordar um aspecto que poucos percebem e vamos a algumas perguntas:
Como deveria ser a plantação de um ministério seja ele o estilo que for ? Seria obrigatório um preparo, um seminário ?  Até onde este ímpeto de atender ao chamado do Senhor da Seara é bom? Será que podemos ser simplistas a ponto de dizer: Faça como está na Bíblia e tudo vai ficar bem, como me disse um pastor americano recentemente ?

Lembro-me há alguns anos atrás, uns 10,15 anos pelo menos onde várias pessoas começaram pequenas empresas e o sonho de ficar livre do patrão estava se realizando e em bem pouco tempo muitos caíram na real, uns de forma trágica por não conseguirem dar continuidade outros por não entenderem que ficar livre do patrão é muito bom, mas viriam outras situações antes nem pensadas, coisas como gerenciar uma pequena empresa, capital de giro, contador, funcionários, encargos trabalhistas que são muitos no nosso país e por ai vai.

Muitas dessas empresas vieram à falência, e as estatísticas não mentem, uma empresa iniciada assim no escuro não dura mais que cinco anos, espero de verdade que este dado tenha se alterado para melhor.

Outro fator interessante é que muitos conseguiam linhas de crédito, outros até a fazerem uma boa clientela e quando começou a entrar o dinheiro muitos se perderem e o que era para ser aplicado ou reaplicado na empresa vira uma TV tela plana de 42″, um carro novo, aquela tão sonhada viagem ao exterior com toda a família entre outras coisas.

O que é uma igreja? Falo da instituição, não seria também uma empresa que cuida da implantação do reino de Deus na terra? As questões são muitas e do jeito que temos visto por ai a necessidade de uma assessoria urge.

Vimos no decorrer dos anos muitos ministérios que se iniciaram com uma proposta maravilhosa, algo de Deus e de repente quando a coisa começou a caminhar e o dinheiro a entrar muitos destes ministérios perderam o foco, e alguns até fecharam as portas e os que não fecharam as portas estão por ai enfrentando processos variados.

Não me considero a pessoa mais indicada para dizer o que é necessário para se plantar uma igreja ou algo assim, mas me interesso muito pelo assunto e como estamos vivendo a era da informação ja tendo lído bastante sobre o assunto na internet, tanto materiais em Português como em Inglês ou Espanhol, isto sem mencionar treinamentos que participamos quando ainda morávamos nos EUA.

Na Plantação de um ministério é necessário deixar as coisas bem claras para todos, inclusive para você e enumerei 3 coisas importantes que creio serem úteis para todos os que querem começar um ministério e são elas:

-Missão
-Visão
-Propósitos

Estes três componentes já te ajudará a não perder o foco e manter a rota.
Quando comecei este breve artigo ia escrever sobre outra coisa, mas já que Deus esta direcionando para este lado vamos lá. Vou tentar fazer deste artigo algo útil, porque criticar muitos criticam, mas quando perguntados sobre o que e como deveria ser feito uma boa parte destes engasgam.

Mas o que vem a ser a Visão ? O que é Missão ? e propósito?
Abaixo uma descrição destes pontos para te ajudar a elaborar a sua Visão, entender a sua missão e focar no propósito.

Vamos às definições:

Gestão: A palavra Gestão significa Gerenciar e se define como: “Capacidade de gerenciar algo de forma organizada e realizadora” e Gestão Ministerial é:  “A capacidade de gerir com sucesso os ministérios de uma comunidade local para alcançar os objetivos propostos.’

# 1 -Visão: Uma imagem do futuro que produz paixão, algo que motiva ação!

Outro dia conversando com alguém e ele de forma crítica me disse: “Vai pensando que só ter uma visão escrita e definida faz que você seja bem sucedido” e eu tive que dizer a ele que, se com uma visão definida já há a probabilidade de não dar certo o que dizer dos que não tem uma visão definida?

Com um visão bem clara você pode vir a perder o foco, muitos perdem, mas, retornar ao caminho ou à rota fica mais fácil.
Uma vez que aplicamos nosso coração a seguir a visão que Deus nos entregou temos que crer que Ele vai dar o crescimento. (Atos 2:47 e Atos 5:14), assim está escrito.
A nossa obrigação é atender ao chamado, os resultados quem os dá é Deus!

Sem querer constranger ninguém vou comentar algo que sempre me acontecia quando estava fora do país.
Alguns pastores me convidavam para trabalhar com eles e eu sempre perguntava: Qual é a visão do ministério do irmão? E me respondia: “Vamos conquistar a Florida para Jesus!” E eu continuava a perguntar qual era a visão, porque se ter uma visão sem uma estratégia bem definida não resolve.
Sempre tive uma triste impressão quando ia a algumas igrejas Brasileiras nos EUA a de estar num barco descendo um rio, as vezes caudaloso e sem leme. A maioria deles se irritava com meus questionamentos, mas era uma realidade terrivel.

Para meditar:
“Para quem não sabe onde esta indo, qualquer caminho serve!”

“Barco sem leme, navega ao sabor da corrente”

#2 -Missão: É a formulação de como alcançar a visão!

Qual estratégia você usará para se chegar à sua visão ? Música ? fazendo shows na praças ? Evangelismo de porta a porta? Movimento Urbano? Teatro? Mensagem Ilustrada ?
As opções são muitas com certeza, mas temos que usar a que melhor nos cabe – Caso você tenha uma ministério com poucos músicos ou com músicos sem preparo suficiente sugiro que você não use a música como “atrativo”.

Uma das coisas que mais me incomodava era o fato de alguns ministérios não terem uma visão definida e a cada temporada eles lançavam mão da novidade do momento: Uma hora era células e o G12, levava aquilo por um tempo e diferente da maneira que começou simplesmente não se falou mais no assunto, depois passou à Uma Igreja com Propósitos, foram à Califórnia,compraram e leram os livros relacionados e distribuiram para o povo da igreja e alguns meses depois ninguém falava mais nada sobre Igreja com propósitos, G12 ou qualquer outro modelo de crescimento de igreja.

Não tenho nada pessoal contra nenhuma visão em particular porque as vejo como na realidade são – ferramentas apenas, apesar de ter algumas ressalvas com relação ao G12 por excesso de atividades ou igreja com propósito que as vezes soa como igreja ao gosto do freguês, temos que escolher a que melhor nos servirá e dar continuidade ao que está proposto, e seguir todos os passos.

Ví muitos pastores causando rachas no ministério simplesmente por quererem empurrar goela abaixo dos membros da comunidade a “nova visão”.
Nos Estados Unidos é um pouco pior visto a diversidade denominacional dentro das igrejas, em um só ministério você tem pessoas originários de igrejas Batista, Presbiteriana, Assembléia de Deus e etc.
E por último;

Propósito: São princípios que estabelecem o padrão de comportamento dentro de um ministério, um resumo de Visão e Missão.

Quando fomos preparar o a nossa declaração de propósitos tiramos um tempo em oração, analisamos e ficou assim:
“A Igreja Urbana existe para conectar você à família de Deus, criar relacionamentos através dos Grupos Urbanos, promover crescimento espiritual, levando-o a buscar e entender o propósito de Deus para sua vida, e viver uma vida missional cumprindo o “IDE” de Jesus”.

Eu teria mais coisas a escrever mas vamos por partes, caso você gostou comente e eu continuo a postar mais sobre Gestão Ministerial.

Pr. Carlos Rizzon

COMO AVALIAR UMA POSSÍVEL MUDANÇA DE MINISTÉRIO
Por Nélio Da Silva

Existe um velho provérbio que afirma: “Uma pedra atirada na hora certa é muito melhor que o ouro presenteado na hora errada.” Tem sido inúmeras as vezes em que líderes tem me perguntado com uma expressão facial preocupada e ansiosa: – “Quais são os parâmetros que necessariamente tenho de obedecer a fim de decidir se devo ou não permanecer em uma determinada igreja?” Toda e qualquer pessoa em uma posição de liderança compreende muito bem a importância e a absoluta necessidade de tomar uma decisão correta na hora e no momento apropriado. Um erro de cálculo nesta decisão pode ser sinônimo de muitas dores as quais trarão consigo fatalmente enormes chagas e posteriormente incalculáveis cicatrizes emocionais.

É inevitável que todos nós eventualmente temos que tomar sérias e importantes decisões e muitas vezes nós não nos damos conta que a vida está sobrecarregada de um processo de decisões. A decisão que tomamos quando tínhamos vinte anos de idade pode ter sido boa e a mais acertada para aquela idade em particular, mas existem outras decisões que devem ser tomadas à luz do processo do momento em que nos encontramos. Porém, é através da habilidade de analisar o momento certo de se tomar uma decisão é que pode nos dar os subsidios a fim de fazer uma grande diferença.

Nos últimos dez anos eu tive que tomar as decisões mais sérias de toda a minha vida. Foram decisões difíceis e que certamente – eu estava consciente – trariam enormes conseqüências, não apenas para a minha vida pessoal, mas para a minha família e para muitas outras pessoas. Em tempos de sérias decisões eu aprendi a fazer algumas perguntas que me ajudaram tremendamente a entender o meu momento histórico e espero que ao compartilhar com você algumas dessas perguntas, você possa ser encorajado também no seu momento atual. É meu desejo sincero e ardente ser essencialmente prático ao tentar ajudar pastores, líderes, homens de negócios ou até mesmo qualquer pessoa que está se questionando se já não chegou a hora de tomar uma decisão relacionado à sua geografia. Eis aqui dez perguntas que tenho feito a mim mesmo ao me questionar se devo ou não fazer as malas e vislumbrar um novo ministério.

1. Já alcancei os anos mais produtivos do meu ministério nessa igreja/organização?
Eu creio sinceramente que deve haver um momento quando nós olhamos para dentro de nós mesmos e de uma maneira integra e honesta venhamos a formular a seguinte pergunta: “Eu estou hoje num estágio onde o meu ministério tem sido eficiente para a vida desta igreja/organização?” Exemplo: para um pastor que está iniciando o seu ministério em uma determinada igreja é quase certo que aquele primeiro pastorado – via de regra – será a de um curto pastorado. A razão para isto é que ele não tem experiência, ele vai cometer uma série de erros, ele irá se desencorajar e possivelmente o período de uma três anos é um período caracterizado por um processo de aprendizado. O fato é que os anos mais produtivos de um ministério – em termos gerais – não estão nos primeiros anos de uma carreira ministerial. Essa á a razão para a relevância dessa pergunta número um. Observadores afirmam que são necessários um mínimo de cinco anos antes que um líder venha a ser realmente eficiente num ministério ou numa organização. Para um líder que muda de igreja a cada três anos é simplesmente impossível atingir os seus anos mais eficientes. É necessário você perguntar a si mesmo não apenas sobre a sua idade cronológica, a idade da sua carreira, mas é fundamental perguntar a si mesmo: “Nessa igreja/organização, eu já alcancei os mais produtivos anos do meu ministério?”

2. Eu tenho um sonho e paixão por esse trabalho?
O escritor Mack Davis declarou certa vez: “Quando o sonho de um homem é anulado não há mais nada a fazer a não ser preparar o seu funeral.” Essa pergunta lhe leva a um outro examinar significativo. É quando você se pergunta: “A minha visão está intacta? O meu sonho ainda está palpitando forte em meu coração?”

3. Os meus dons estão sincronizados com a tarefa que tenho a cumprir?
Em outras palavras, as minhas áreas fortes de atuação estão alinhadas com as demandas que estão sobre mim nesse campo de trabalho em particular? Os meus dons “batem” com aquilo que eu estou fazendo? Dois fatores ocorrem quando você está se aproximando dos seus anos de maturidade ministerial. Número 1: você se dá conta daquelas coisas que você faz bem e se sente bem em faze-las. Número 2: você se dá conta daquelas coisas que você não faz bem feito e você não se sente bem em faze-las. Uma das coisas mais tristes que tenho observado é de contemplar líderes posicionados e operando numa posição onde – decididamente – eles não são eficientes e, consequentemente, não produtivos. Por experiência própria, eu costumava me sentir culpado quando me dava conta da minha completa inabilidade para desempenhar certas funções pastorais; e a culpa vinha porque eu não sentia prazer naquilo que estava fazendo. Muitas coisas que eu fazia e até aos olhos das outras pessoas dava a impressão que eu fazia muito bem. Porém, à medida em que fui amadurecendo, fui também compreendendo que aquelas tarefas não estavam em sincronia com o meu temperamento, minha personalidade e nem com a combinação dos meus dons. É necessário que você conheça realisticamente os seus pontos fortes, mas também é necessário que você conheça objetivamente os seus pontos fracos.

4. Estou filosoficamente compatível com as pessoas as quais estou trabalhando?
Essa é uma pergunta decisiva antes de fazer as malas ou decidir ficar no lugar onde você se encontra. É quando eu medito nessa questão: “As pessoas com as quais estou ombro a ombro nesse ministério, elas estão na mesma “faixa de onda” em que eu me encontro?” O fato é que se filosoficamente você não está compatível com as pessoas que estão liderando e ministrando com você, certamente que você está em problemas e tudo o que você irá enfrentar é uma série contínua de conflitos sem uma previsão imediata de solução. Quando filosificamente não existe compatibilidade, a questão deixa de ser quem está errado ou quem está certo, mas sim a evidência de uma grave problemática de se ter duas ou mais direções tomando lugar e como resultado o caos passa a ser lugar comum.

5. Minha formação social e cultural se encaixa com esta igreja/organização?
Essa é uma outra boa pergunta que tem muito me ajudado através dos anos. A prática tem me mostrado que muitos pastores que tem uma formação cultural e social no sul do país – por exemplo – tem uma dificuldade muito grande de se ajustarem no nordeste do país e vice-versa. Isso não é uma questão de certo ou errado. Isso na realidade apenas significa que o modus operandus de se pensar e atuar terá como base fatores sociais e culturais. Eu não vou citar uma região em particular, mas existem certas regiões do nosso país que eu não me arriscaria a pastorear porque eu sei que culturalmente eu não me encaixaria. As pessoas daquela região iriam me causar um enorme desconforto e em contrapartida eu iria incomoda-los tremendamente e o que teriamos na realidade seria um amontoado de gente em conflito por um bom período de tempo. Isso porque não houve um ajuste social e cultural que deveria ter sido levado em conta. Essa pergunta deve ser respondida com séria objetividade porque as pessoas de um modo geral se relacionam através da sua cultura e da sua formação social.

6. Eu tenho uma habilidade que já foi esgotada no meu ministério atual?
Existem certos pastores que exercem uma função terapêutica em uma determinada congregação. Esses líderes já iniciam o seu trabalho com uma perspectiva bem clara e determinante de uma breve permanência. Talvez tenha sido o caso de uma igreja que enfrentou uma traumática divisão e demanda naturalmente a presença de um pastor com um forte perfil pastoral a fim de amar, cuidar, compreender e promover cura naquele corpo. Temos que estar abertos para entender que eventualmente e em alguns casos a nossa permanência é mesmo por apenas um período específico na vida de uma congregação. Existem certos pastores – por exemplo – que são plantadores de igreja. De um modo geral eles são incríveis naquilo que realizam. Eles começam uma igreja com uma grande rapidez; na primeira semana cinqüenta pessoas são salvas, a oferta supera a expectativa, eles alugam um local de reuniões maravilhoso e nos próximos três anos o que você vê é uma incrível atividade. Porém, o fato é que da mesma maneira que eles edificam muito rapidamente, da mesma forma se eles permanecerem no mesmo lugar por muito tempo podem dividir aquilo que ajudaram a somar. Eu tenho visto pastores levantarem uma igreja e quando esta congregação chaga a duzentas pessoas, ela se divide e é reduzida a cinqüenta pessoas novamente. E novamente de cinqüenta ela se ergue a duzentas pessoas e novamente se divide e volta para os cinqüenta e o ciclo continua. Essa igreja teria seiscentas ou oitocentas pessoas se todos permanecessem na mesma congregação. Por que isso ocorreu? Porque certos líderes tem dons que devem ser usados apenas por um certo período de tempo. E a pergunta que tenho que fazer dentro da minha realidade é: “A minha habilidade já foi esgotada nesse ministério?” Sim ou não?

7. Minha credibilidade ainda está forte o suficiente para permanecer?
Essa é uma das perguntas mais importantes para decidir se vamos permanecer ou se vamos mudar. Essa pergunta é vital porque quando você perde credibilidade com a sua congregação – decididamente – é hora de mudar. Quando pastores me dizem que a sua congregação já não mais lhe seguem, quando eles já não tem mais influência sobre o seu povo e quando esses sinais estão fortemente presentes, então não há mais nada a fazer a não ser ligar para a companhia de mudanças. Por que? Porque você perdeu a sua credibilidade. Isso não significa necessariamente que você seja uma pessoa de mau caráter, um péssimo líder ou que esteja vivendo em pecado. O que significa é que as pessoas já não lhe seguem mais e se as pessoas não lhe seguem você deixou de influenciar e se você já não mais influencia, isso significa que você já não é mais um líder, porque liderança é influência.

Credibilidade é como ter dinheiro vivo depositado em um banco. Se a sua credibilidade está intacta com o seu povo, então o seu reservatório nesse banco é crescente e os dividendos são adquiridos automaticamente. Quando a credibilidade é quebrada o seu reservatório também é quebrado e as suas reservas simplesmente se esvaem. É fato absoluto que algumas vezes líderes em igrejas – ou em organizações – vão a falência e quando a falência é declarada, torna-se muito difícil encontrar um outro caminho a não ser uma nova transição.

8. Estou disposto a pagar a preço a fim de ver o crescimento desta igreja/organização?
Quando honesta e sinceramente nos damos conta que não estamos mais dispostos a pagar o preço exigido para ver o crescimento da igreja/organização, então – sem nenhuma dúvida – é hora de ir embora. A razão para isso é que alguém tem que pagar a preço e se não estamos dispostos a isso a coisa mais íntegra a fazer é escrever a carta de demissão. Existem certos aspectos em um determinado ministério que só serão realizáveis em função de um alto preço a ser pago e temos que examinar se este preço será pago por nós ou por uma outra pessoa. Eu estou disposto a pagar o preço?

9. Se eu tivesse um outro lugar para ir, eu ainda assim, ficaria aqui?
Não faz muito tempo atrás, em conversa com um pastor ele compartilhou comigo a sua experiência e situação do seu relacionamento com a sua igreja. A certa altura da nossa conversa ele me perguntou: “Nélio, o que você acha, devo ficar em minha igreja ou devo ir embora?” A minha resposta a esse querido irmão veio em forma de uma pergunta. Eu lhe perguntei: “Se você tivesse condições de fazer uma transição, se esse convite lhe oferecesse um bom salário e excelentes benefícios, você mudaria?” E ele me disse: “Sim, eu me mudaria.” E eu então acrescentei: “Então a sua pergunta já está respondida.”
O fato lamentável, porém, esta é a realidade, são inúmeras as vezes em que ficamos em igrejas e organizações não porque desejamos ficar; mas ficamos porque não temos nenhum outro lugar para irmos. Eu tenho ouvido pastores que vem a mim e me dizem: “Mas, para onde eu vou se sair daqui?” Essa pergunta chega às raias de ferir a integridade de alguém. A minha pergunta é: Não ter um outro lugar para ir é razão suficiente para permanecer onde você está? Isso é justo para com as pessoas que pagam o seu salário? Estou perfeitamente consciente que esta é uma questão complicada. Porém, se uma pessoa pode em sã consciência admitir que iria para um outro lugar se houvesse oportunidade, isso em si mesmo já uma razão para mudar. E a razão para isto é que uma pessoa jamais será eficiente quando o seu desejo seria o de estar em um outro lugar.

10. Eu tenho uma atitude positiva em relação ao meu trabalho?
Ao concluir com essa décima pergunta você certamente que pôde perceber que todas essas perguntas não são difíceis de serem respondidas. O problema com essas perguntas é que elas acabam se transformando numa questão emocional. A minha tentativa nada mais e nada menos é do que tentar colocar as emoções de um lado e de outro lado simplesmente poder examinar detida, honesta e objetivamente a possibilidade de tomar uma sábia e correta decisão. Decisão esta que poderá fazer uma diferença fundamental não apenas na minha vida pessoal, no meu ministério, mas também na vida daquele precioso e incalculável tesouro que Deus me deu: a minha família.

Avaliando uma possível mudança de pastorado
1. Quão valioso eu sou para a minha igreja/organização?
1 2 3 4 5

Sem valor ———————— Muito valioso
2. Como tem sido a minha experiência nesta igreja/organização?
1 2 3 4 5

Ruim ———————— Muito boa
3. Quão satisfeito eu me encontro naquilo que estou fazendo?
1 2 3 4 5

Insatisfeito ———————— Muito Satisfeito
4. Qual é a minha imagem?
1 2 3 4 5

Muito ruim ———————— Excelente
5. Será difícil me substituir?
1 2 3 4 5

Não será difícil———————Será muito difícil
6. Quão justa é a minha compensação financeira?
1 2 3 4 5

Injusta———————–Muito Justa
7. O que este trabalho está acrescentando à minha carreira e ao meu potencial?
1 2 3 4 5

Não muito———————Está fazendo muito
8. Eu estou trabalhando na igreja/organização errada?
1 2 3 4 5

Igreja errada ——————Igreja Certa
9. Existe um outro lugar em que eu prefereria ir ou um outro lugar em que eu gostaria de estar?
1 2 3 4 5
Chame a transportadora————Quero morrer aqui
10. Esta presente posição está concretizando a vontade de Deus para a minha vida?
1 2 3 4 5

Não———————Sim

Uma escala para examinar a saúde da sua carreira ministerial
40-50 – “Eu não preciso do médico.”
30-39 – “Onde está o médico?”
20-29 – “Onde está o hospital?”
10-19 – “Onde está a UTI”
0-9 – “Onde está a casa funerária?”

Nélio Da Silva